Já pensou que a iluminação de um ambiente não tem apenas o simples intuito físico de prover luz? Para além da composição do espaço, a iluminação ajuda a conferir sensações num ambiente, influenciando diretamente no comportamento das pessoas que transitam por ali.
A nossa mente é afetada por diversos estímulos que fazem parte do ambiente ao nosso redor e da nossa rotina. A iluminação de um espaço definitivamente pode afetar o nosso cérebro, seja de maneira positiva ou negativa. Qualidade do sono, níveis de estresse e tendência do humor são algumas das principais manifestações de interferência que observamos no dia a dia.
Em estudo publicado no Journal of Environmental Psychology, pesquisadores concluíram que pessoas que são expostas a uma maior quantidade de luz natural ao longo do dia tinham maiores níveis de felicidade e satisfação com a vida.
Isso está diretamente ligado ao fato que a exposição à luz natural afeta a nossa produção de serotonina, um neurotransmissor que está relacionado ao bem-estar. Existe ainda uma conexão com a regulação do ciclo circadiano, melhorando o nosso sono e humor.
As consequências de uma iluminação incorreta
Ter escolhas inadequadas de iluminação em um ambiente e não expor, na medida do possível, à luz natural, pode afetar diretamente a nossa saúde. A partir da afetação de nosso sono, que é o principal indício de exposição incorreta à luz, diversas outras questões podem surgir, como é o caso da ansiedade e depressão.
A ciência identificou um tipo de depressão que é caracterizada pelo período do ano, justamente conectando com o tempo de exposição à claridade. O Transtorno Afetivo Sazonal surge por essa influência que a iluminação tem na nossa mente, levando as pessoas a mudanças de humor e redução dos níveis de felicidade. Um dos principais tratamentos deste transtorno é a Terapia da Luz.
A iluminação artificial e a nossa mente
Com a rotina atribulada do dia a dia, é mais difícil a exposição constante à iluminação natural, especialmente para quem trabalha em escritório. Desta forma, algumas compensações podem ser feitas visando uma melhor qualidade de ambiente para o nosso cérebro.
A luz brilhante pode nos fazer sentir mais alertas e energizados, sendo uma excelente opção para ambientes de estudo e trabalho, onde precisamos ter melhores níveis de produtividade.
Já uma luz mais suave e indireta, ajuda a nos sentir mais calmos e relaxados. Torna-se, então, uma boa escolha para espaços de relaxamento e descanso, como salas e quartos íntimos.
Desta forma, é preciso estar atento (a) ao objetivo daquele espaço, para definição correta do tipo de iluminação que ele vai receber, pois isso vai afetar diretamente a nossa capacidade produtiva do dia a dia.
Uma boa alternativa para ambientes onde precisamos ter momentos de intensidade e relaxamento é o uso da função dimmer nas lâmpadas de LED, conseguindo, assim, regular a iluminação de acordo com o horário a que ela se propõe.
Os tons de luz
A temperatura da cor também está relacionada com a qualidade da iluminação de um ambiente. Uma luz mais quente costuma dar um tom aconchegante e acolhedor ao espaço, enquanto luzes mais frias e claras nos fazem ficar mais alertas e estimulados.
A luz azul, por exemplo, nos deixa muito despertos e é por isso que usar o celular na cama antes de dormir não é uma boa ideia, já que sua tela emana muita luz azul. Já a luz amarela, que se relaciona mais com os horários de amanhecer e entardecer, normalmente nos leva para um lugar de maior relaxamento, que é justamente o horário que acordamos e vamos dormir (historicamente falando).
Observação e prática
Veja como a iluminação interfere no seu dia a dia, sem que você se dê conta. É impressionante como a luz correta pode ajudar ou dificultar as nossas tarefas mais básicas! Com isso, adeque aquilo que for necessário!