A Psicologia das Cores na Arquitetura e Design de Interiores

Ouvimos falar da Psicologia das Cores a todo momento, sendo um novo campo de estudo que explora como as cores afetam nossas emoções, comportamentos e percepções. Desta forma, é lógico pensar que a arquitetura e design de interiores estão completamente relacionados com esta área, uma vez que definem os espaços que habitamos.

As cores podem ser usadas para criar uma atmosfera relaxante, energizante, aconchegante e sofisticada em um espaço. Então, definir o objetivo de determinado ambiente é o primeiro passo para escolher as paletas ideais para o que deve ser alcançado.

O que diz a Psicologia das Cores

Esta área de estudos começou a ser pesquisada no final do século XIX, pelo psicólogo alemão Wilhelm Wundt, que investigava como as cores afetam a percepção e a experiência humana. Foi só em 1950, no entanto, que o especialista em cores e designer americano Faber Birren começou a publicar livros sobre o tema, incluindo o “Color Psychology and Color Therapy”, que deu um passo importante nos estudos.

A teoria acredita que as cores podem determinar nossas emoções e alterar nossas relações interpessoais e com o ambiente ao nosso redor. Isso teria uma conexão direta não apenas com a nossa saúde física, como também mental.

A Psicologia das Cores entende, por exemplo, que o azul é uma cor comumente associada à tranquilidade, serenidade, confiança e comunicação. Desta forma, é muito utilizada em locais de meditação, práticas de relaxamento e afins.

Este campo de estudo sinaliza, no entanto, que a teoria deve ser aplicada em associação com cada indivíduo (ou grupo de indivíduos) específico que será beneficiado. Isso porque a relação emocional prévia da pessoa com determinada cor, a partir das vivências e história passada, pode alterar a sua percepção emocional.

Até mesmo a questão cultural nos faz diferenciar a noção sentimental de uma cor. Podemos utilizar a cor branca como exemplo. É comum associar à paz, tranquilidade e leveza. No entanto, na Índia, essa cor é usada em enterros, como forma de luto. Logo, os indianos provavelmente têm uma relação diferente com o branco, que deve ser levado em consideração.

Ou seja, a Psicologia das Cores é uma área de estudos fluida que merece uma contextualização e adequação personalizada.

A influência das cores nos ambientes

Quando trazemos os estudos de Psicologia das cores para a arquitetura e design de interiores, o leque de oportunidades é imenso. Pensar que as cores escolhidas para um ambiente podem melhorar ou piorar a nossa experiência nele nos faz pensar com mais cuidado nas escolhas.

Quando levamos em consideração um quarto, por exemplo, temos em mente que é um espaço de relaxamento e descanso. Então, cores muito vívidas como o vermelho ou intensas como o preto, não seriam as mais adequadas. Tons pastéis, azul, branco, normalmente são as escolhas mais apropriadas.

O artigo “The Role of Color Psychology in Interior Design” destaca ainda a capacidade que as cores têm de promover emoções específicas que gostaríamos, algo que pode ser utilizado positivamente em escritórios, por exemplo. Tons que evoquem sofisticação, decisão, autoridade, como o caso do cinza, preto e azul marinho, podem trazer um ar de maior seriedade que propicie o fechamento de contratos.

A aplicação destas cores não precisa ser pensada apenas no quesito paredes. Os detalhes também influenciam nas nossas emoções, como cortinas, móveis, decoração pequena e grande. Até mesmo o verde das plantas impacta na experiência que temos em um espaço.

Psicoarquitetura na prática

No nosso curso de extensão PSICOARQUITETURA®: A união de 2 ciências, temos um módulo que aborda a Psicologia das Cores, assim como a relação que temos que ter de escuta com o cliente para maior entendimento de como ele entende as paletas escolhidas para cada projeto.

Compartilhe:

Posts relacionados